terça-feira, 27 de junho de 2017

O sol já voltou a brilhar e já podes esquecer 
a noite que te assombrou de lembranças...
Quando tudo adquire contornos de luz,
podes construir novos sonhos e viver 
 como se o dia fosse o primeiro de muitos outros
iluminados pelo entusiasmo de conhecer uma nova história.
Cika Parolin

domingo, 25 de junho de 2017

É próprio da vida não ser sempre feita de doçuras... mas vir mesclada de alegrias, tristezas, êxtases e dores...
Peço a Deus que minha alma, sejam quais forem os acontecimentos, esteja preparada para os desassossegos 
e nos momentos mais felizes eu não esqueça de ser grata por cada um deles.
Cika Parolin
Como não perceber Deus
em uma noite de chuva suave,
no tamborilar das gotas contra a vidraça, 
no cheiro de grama molhada,
nas folhas que caem sem alarido,
no mar que, incansável,
marulha sem cessar ...
Na criança que dá os primeiros passos
e no tempo de silêncio
que precisamos nos conceder ?
Cika Parolin

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Abro as janelas e me alegro...
Moro numa cidade linda, principalmente
vista do alto... mas, basta sair para a rua
e "cai a ficha" da realidade:
Seres humanos passando frio nas calçadas,
sem um teto para lhes cobrir a cabeça.
Outros reviram o lixo buscando algo aproveitável.
Carrinhos improvisados sendo puxados
por meninos franzinos, à busca dos recicláveis,
seguem sua "via crucis", seguidos por cachorros magros...
Nos becos gente de todas as
idades com o olhar e a mente entorpecidos
pelo crack e pelo álcool "para esquecer"...
Somado ao caos do trânsito, os mais "sortudos" correm
para o trabalho, absortos em seu mundo virtual, ignorando
por completo o que se passa ao redor.
Sinto-me uma ET,
culpada por ter casa, comida e levar uma vida "dita boa"...
Para "fingir" que faço algo, compro um lanche para alguém,
talvez um cobertor barato para outro.
Saio da padaria com uns pãezinhos a mais, para distribuir...
Nada aplaca o sentimento de impotência ante o sofrimento
que deveria ser preocupação dos poderosos...
Faço o que tenho para fazer, o mais rápido possível,
e volto correndo para o meu "castelo"...
Vou a janela e penso: como é bonita minha cidade!
Cika Parolin

terça-feira, 20 de junho de 2017

O futuro é "folha em branco"
onde ainda não se escreve.
O passado é folha já escrita
de onde nada se apaga.
O presente é onde
se capricha na letra
e aonde se pode escrever
a história mais bonita.
Cika Parolin
escrito em 05 de junho de 2015

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Enquanto chove lá fora,
cá dentro de mim céu de outono,
de um azul de doer os olhos, sol morno
e o perfume das folhas caídas pelo caminho...
Cika Parolin

domingo, 18 de junho de 2017

Sempre haverá uma nova esperança de vida
mesmo nos solos mais áridos...
Cika Parolin

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Como saber o que vai na alma humana? Quantas vezes somos surpreendidos por ódios gratuitos, que sequer imaginamos como possam ter surgido...Confesso que não tenho capacidade para entender e muito menos para retribuir ofensas. Tento aparar arestas até um certo ponto... até o ponto que não venha ferir a minha essência. 
A partir daí desisto e é como se a pessoa jamais tivesse transitado pela minha vida. Poderia ser diferente, se dependesse de mim, 
mas o entendimento não depende de apenas uma pessoa 
e sim de união de pessoas imbuídas no mesmo objetivo de paz.
Cika Parolin
As verdades, por mais doídas que sejam, sempre serão melhores que o silêncio do qual não conhecemos o conteúdo.
Cika Parolin
Ando pelos campos do viver
e meu andar pela vida é assim : 
Quase sempre feliz !
Pois, feliz sempre, não há...
O que há são o querer e o esperar
que me apontam
onde a Felicidade está...
Cika Parolin
Faço da vida o melhor que eu posso...
Como a menina que nega o feio e o triste 
e descobre a poesia...
E na vida só busca e oferece
beleza, bem querer e alegria.
Cika Parolin

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Faço da vida o melhor que eu posso...
Como a menina que nega o feio e o triste 
e descobre a poesia...
E na vida só busca e oferece
beleza, bem querer e alegria.
Cika Parolin

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Sou breve... 
Breve como a vida!
Breve nas palavras, 
nas conversas, no gesto...
É de minha natureza compreender a brevidade de tudo.
Cika Parolin

sábado, 10 de junho de 2017

Como é democrática a escrita...
Cada um escreve sobre o que sente e gosta...
Alguns se realizam escrevendo sobre tórridas paixões,
descrevendo corpos em sua riqueza de detalhes...
Outros, românticos, falam dos encantos da flor e do amor...
Quanto a mim escrevo sobre as observâncias do cotidiano...
não busco a rima e a metáfora perfeitas... busco retratar
a vida como ela é, com suas alegrias e dores.
Cika Parolin
O entusiasmo também cala...emudece...
É preciso estar atento para não ser, antes da hora, 
como o ancião para o qual quase nada interessa...
Como se não valesse mais a pena realizar sonhos,
mudar de casa, viajar, ir a festas...
Apenas espera a inexorável viagem,
congelado nas lembranças de outrora...
Cika Parolin

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Não dê dimensão grande demais aos problemas.
Tudo, absolutamente tudo, tende a passar... 
e o tempo acaba sempre mostrando 
ser um engano pensar que não haveria solução.
Cika Parolin

Existes...
Basta-me saber que existes...
Não te adivinho os cabelos brancos
ou as rugas da face...
Existes...
Em algum lugar,
perto ou longe, feliz ou não.
Basta-me saber que existes...
Cika Parolin

quinta-feira, 8 de junho de 2017

A forma como tratamos as pessoas 
determina nosso caráter. 
Um boa tarde a um idoso, a retribuição de um sorriso,
uma resposta positiva a quem pede um conselho, 
um elogio de estímulo...nos ensinam que todos somos
iguais e merecedores de atenção além de, apressar
nosso desenvolvimento como seres que aqui viemos
para aprender lições de humildade e honradez.
Cika Parolin

segunda-feira, 5 de junho de 2017

A arte de navegar em mares bravios,
de lutar para não ser levado (a) pelas correntezas,
de nadar em meio a noite escura...demanda recursos
que muitas vezes não supúnhamos que existissem...
Acredite! Eles estão lá guardados dentro de nós
para quando os tempos não forem de calmaria.
Cika Parolin

sábado, 3 de junho de 2017

Não ... não sou exemplo de nada,
não sou um anjo de candura...
Apenas luto...luto muito para não me dobrar
aos meus sentimentos menos nobres,
para não me curvar aos meus ímpetos 
de torcer pescoços, responder na lata,
devolver ofensas, mandar "catar coquinhos"...
Resolvi que sou eu quem decide como vou reagir
ao que não me agrada, ao que me ofende
e, que não reagirei da forma esperada,
mas da forma que não me fizer mal.
Cika Parolin